terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ensaio Fotográfico Fairy Tales - Parque Ibirapuera, São Paulo.

Será que a beleza está mesmo nos olhos de quem vê?




















domingo, 5 de setembro de 2010

DJ Nano


Hahahaha... essa eu tenho que postar!
Vejam que lindo meu gatinho Nano ouvindo música!

A verdade que completa a sua!


“A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.” (Mahatma Gandhi)


Recentemente tenho observado “um mundo de intolerância” ao meu redor. Tenho visto cada vez mais agressividade nas palavras, irritação, desrespeito e impaciencia no jeito das pessoas se tratarem.

Tenho pensado muito a respeito disso. E fico me perguntando se desaprendemos a tolerar...

A tolerância, é o termo que define o nosso grau de disposição para admitir nos outros uma maneira de ser e de proceder diferente da nossa. É compreender que duas pessoas podem discordar sobre o mesmo assunto, e ainda assim terem razão.

Em um de seus livros Stephen Covey conta uma história que aconteceu com ele numa manhã de domingo no metrô de Nova York.

“As pessoas estavam calmente sentadas, lendo jornais, divagando (...) Subitamente, um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam bagunça e se comportavam mal, e o clima mudou instantaneamente. O homem sentou-se ao meu lado ignorando a situação. Enquanto isso as crianças corriam de um lado para o outro, atirando objetos e puxando os jornais dos passageiros, incomodando a todos. Mesmo assim o homem a meu lado não fazia nada.

Ficou impossível evitar a irritação. Eu não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito.(...)

A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, virei para ele e disse:

- Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito nele? – o homem olhou para mim como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente:

- Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer algo. Mas é que acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora. Eu não sei o que pensar e parece que eles também não sabem como lidar com isso.

Podem imaginar o que senti naquele momento? Meu paradigma mudou. De repente, vi as coisas de um modo diferente, e como eu estava vendo as coisas de outro modo, eu pensava sentia e agia de um jeito diferente.

(...) Tudo naquele momento mudou.”


E mudou porque a intolerância é diretamente proporcional ao nosso grau de desconhecimento do outro. E quando conseguimos reconhecer o mundo através dessa ótica, a tolerância vira um exercício natural.

Porque a tolerância é a arte de se relacionar com o outro. É a compreensão maior de que nenhuma verdade é absoluta. E que ninguém é capaz de enxergar sozinho a realidade completa. Pois, “o que vemos depende de onde estamos” e para vermos o quadro completo precisamos enxergar além de nós mesmos.

Por isso, antes de brigar com alguém no trânsito, de reclamar da atitude de um gerente, da postura de um funcionário, ou até mesmo antes de retribuir uma ofensa, tente reconhecer a verdade que completa a sua, e compreender a realidade por trás do comportamento.

Tem gente que acha que a tolerância é a virtude dos fracos e daqueles que não tem convicção. Mas eu discordo. Até mesmo porque, só aqueles que tem muita certeza de seus valores são capazes de questioná-los. E não se engane. Tolerar não é concordar. Tolerar é respeitar. E muitas vezes isso pode significar, em respeitosamente, concordar em discordar.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Minha teoria sobre a teoria do caos.


Quando eu tinha 15 anos eu fiz o intercâmbio para os Eua. Lá, ouvi a seguinte história:

Um certo dia uma mãe solteira e seu filho tomavam café da manhã, quando o menino quebrou uma tigela. Normalmente ela brigaria com ele, mas naquele dia ela simplesmente abraçou-o e disse para que no futuro tivesse mais cuidado. O menino ficou tão feliz e surpreso que o seu humor mudou completamente. No caminho para a escola viu que uma senhora havia derrubado sua bolsa e correu para ajudá-la. A senhora ficou tão encantada com a educação do menino que naquele dia, deu uma gorjeta generosa a garçonete que a atendeu no restaurante. A garçonete, ao sair do trabalho, sentiu-se culpada ao ver um mendigo, e como tinha um trocado a mais na mão, decidiu repartir. O mendigo que não comia bem havia semanas, pode fazer uma refeição decente naquele dia. Normalmente ele estaria dormindo - quase inconsciênte de fome. Mas naquela noite ele estava desperto. Desperto o suficiente para perceber que uma casa estava pegando fogo. Se não fosse por esse mendigo, todos na casa teriam morrido. A casa do menino do começo da história.

....

Você já parou para pensar no impacto que você, isoladamente, é capaz de causar no mundo? E na sua própria vida? Eu penso nisso o tempo todo.

Já não bastassem todas as muitas coisas que me fazem ser estranha, essa é mais uma para a minha infindável listinha: a obsessão pela teoria do caos.

Resumidamente a teoria do Caos explica que uma pequena mudança no início de um evento qualquer, pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro.

É como se o bater das asas de uma borboleta aqui fosse capaz de causar, tempos depois, um tornado em outra parte do mundo. Ou seja, uma ação realizada por você ou qualquer outra pessoa hoje, poderá gerar um acontecimento de natureza e proporções inimagináveis amanhã.

Essa teoria traz uma lição valiosa para humanidade: o poder das pequenas ações. E se vocês pararem para pensar no enorme impacto que pequenas coisas podem gerar, vai chegar a conclusão de que não existem coisas pequenas.

Uma palavra que dizemos, um gesto, um ato de carinho ou de agressão pode gerar uma reação em cadeia capaz de mudar tudo. Capaz de mudar o mundo. Somos responsáveis por coisas em nossa vida, e na vida dos outros que sequer podemos imaginar e jamais poderemos mapear.

Imagine se na história contada, o mendigo salvasse a vida de outra pessoa. Aquela mãe jamais saberia o impacto que um simples gesto de paciência seu, causou na vida de outra família. Ela foi heroína de uma história da qual provavelmente nunca terá conhecimento.

Quantos heróis de histórias anônimas não existem no mundo? E quem sabe nós mesmos não somos heróis anônimos para milhares de outras pessoas - e jamais saberemos?

Agora imaginem se a heroína da nossa história tivesse feito o oposto? Tivesse sido impaciente e grosseira com seu filho. Como será que o menino teria impactado as pessoas a sua volta? Será que ele poderia ter atravessado a rua da sua escola impaciente e gerado um acidente de carro? Será que ele teria gritado com alguém durante o seu caminho, e que por causa do seu comportamento tivesse levado essa corrente de raiva adiante?

A heroína teria virado uma vilã, não? Quantos atos horríveis nós mesmos já não causamos por causa da nossa impaciência e atitude perante outros?

Outra coisa que jamais saberemos.

Mas será que a nossa ignorância em relação as cadeias de ações que despertamos, diminui de alguma forma a nossa responsabilidade sobre esses acontecimentos? E será que esse desconhecimento diminui o nosso poder?

Sim, poder. Somos mais poderosos do que jamais seremos capazes de mensurar. A verdade é que todo ser humano possui uma força latente capaz de influenciar o universo.

Sem saber, todos os dias ao seguir ou deixar de seguir sua rotina você é capaz de transformar a vida de milhares de pessoas. Temos um imenso poder em nossas mãos que pode ser exercido para o bem ou para o mal.

Eu falo isso não com a intenção de assustar. Muito pelo contrário. O objetivo aqui é despertar as pessoas para a importância de cada coisa que fazemos.

E conseqüentemente, a importância que temos.

Vivemos em um mundo que insisti em afirmar o quanto insignificante nós somos.
Num mundo que banaliza o valor da individualidade.

Outro dia ouvi um noticiário que dizia algo do tipo: “...mas apenas 1 pessoa morreu no acidente...”. Como assim, apenas? Uma pessoa morreu!

Uma pessoa nunca será apenas uma pessoa. Quem era aquela pessoa? De que forma ela poderiam ter mudado o mundo? Ali podia estar o pai do futuro inventor da cura para o câncer. Podia estar o engenheiro que descobriria uma alternativa para fontes renováveis de energia. Ou até mesmo o futuro pai do marido da filha que você ainda vai ter. Nós jamais saberemos.

Eu quero começar esse ano lembrando do quanto significante eu somos.

Do poder e da força que levamos em nós. E da responsabilidade que isso também traz.

Quero lembrar que nenhuma ação é pontual. Que tudo o que fazemos perpetua no espaço e no tempo e gera uma reação em cadeia que mudará o mundo. O mesmo mundo que diariamente muda você.

E isso meus amigos, é a teoria do caos.
E o mundo talvez fosse muito menos caótico se tivéssemos mais consciência dela.