quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

E mesmo sabendo que era impossível...

"E sem saber que era impossível, ele foi lá e fez"(Jean Cocteau)

Hoje é véspera de Natal e o ano Novo está quase chegando...
Uma época em que todo mundo se enche de esperança, sonhos, metas...

É uma pena que esse sopro de possibilidades, como todo sopro, dura apenas o suficiente para nunca ser realizado.

Como se diz por aí, tudo que vem fácil, vai fácil... E levados por uma onda de caridade, amor e perspectivas, por um momento enxergamos o mundo, como de fato deveríamos. Algo que inevitavelmente será esquecido após as luzes das árvores de Natal e dos fogos de artifícios se apagarem.

E porque eu estou trazendo a má notícia, num período iluminado.
Pra quê estragar a festa?

Bem, talvez seja pelo fato de ser uma pessoa simplesmente “do contra”,
Ou quem sabe seja pela irritação de ter torcido meu tornozelo na véspera da véspera do Natal,
Pode ser a profunda tristeza de lembranças de Natais passados...

Ou simplesmente...talvez...seja por acreditar... que estragando a euforia de um período de festa, eu seja capaz de lembrá-los do significado da constante celebração da vida...

Estamos acostumados a ser conduzidos por grandes ondas de otimismo e pessimismo.

Como se vida fosse uma interminável montanha-russa.
Uma hora estamos no topo, outra estamos no fundo do posso...
Nos acostumamos com a imensa adrenalina dos altos e baixos, alegrias e desesperos.
E desaprendemos a seguir em frente...

E nesse parque distorcido de diversões esquecemos da importância de fundamentos que (infelizmente) estão fora de moda...como equilíbrio e constância.

Calma, Calma, não estou pregando o fim da diversão. Muito menos dos parques de diversões.
E afinal, não fui eu mesma em um artigo anterior que falei da importância de se “atirar” de cabeça no amor, e pular de Bunging Jumping?

Sim, sim... desde que seja você se atirando...e não alguém te empurrando...

E é exatamente nesse ponto que eu queria chegar...
Cuidado com as emoções que vem dos outros... elas tendem a ser cíclicas, elas vem em massa, e uma vez que se entra nesse trilho, fica bem difícil pular fora do brinquedo.

Eu sempre ouço muitas pessoas citarem uma frase de Jean Cocteau que diz
"E sem saber que era impossível, ele foi lá e fez".

Essa frase é geralmente utilizada para motivar os outros...
Ela sempre é declamada em voz alta e aceita de forma unânime...
De fato a força dessa citação é inquestionável.

O que me incomoda, no entanto, é o que as pessoas extraem dela.

O que você sente quando alguém proclama isso?
"E sem saber que era impossível, ele foi lá e fez".

(... Uau, ele é o máximo! Ele fez o impossível sem saber!...)

Eu não penso assim.
E não sei se você vai concordar...
Mas agora vamos filosofar... preparados para a retórica?

E sem saber que era impossível, ele foi lá e fez. Certo?
E se ele soubesse que era impossível será que ele teria feito?
E se ele fez, então não era realmente impossível...né?
E será que existe mesmo algo impossível?

Quando eu ouço essa frase o que vem a minha cabeça é: Que sortudo! Abençoado é esse homem, que conseguiu manter-se distante dos que poderiam ter dito “Impossível”.

Mas é inocência pensar que na nossa era teremos essa mesma oportunidade.

E preferindo não contar com a sorte, eu escolho a coragem de re-escrever a tão famosa citação, para: “Mesmo sabendo que era impossível, ele foi lá e fez”

E ele fez, porque sabia que tudo é possível.
Ele fez, porque sabia que o impossível é uma coisa que colocam em sua cabeça, apenas com o seu consentimento. O impossível vem dos outros... O possível está escondido dentro de você.

Por isso, nesse período de festividades, esqueça as ondas de euforia, e mergulhe no oceano que existe em você. As ondas vão e vem, ficam apenas na superfície, e morrem na beira da praia (como a maioria das metas de reveillon). O oceano é imenso e infindável. Mergulhe nesse mar... e você vai se surpreender nadando pelos seus sonhos, suas tristezas, seus acertos e erros.

Mas não faça isso só hoje porque é Natal.
Ou daqui a uma semana, porque o ano está terminando... faça isso sempre.

Seja constante, duvide do impossível, evite caronas desnecessárias e transforme cada dia em uma oportunidade de traçar o seu próprio caminho. De preferencia, uma reta. Porque não é preciso entender de matemática para saber que essa é a menor distância entre você e os seus sonhos.

"Se os homens fossem constantes seriam perfeitos." (William Shakespeare)


A latere,
Basium Amicus

sábado, 29 de novembro de 2008

Citação do dia:

Alguns homens vêem as coisas como são, e dizem 'Por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que não ?.



Bernard Shaw



....

sábado, 15 de novembro de 2008

Briefing para Projetos On-line

O briefing para projetos on-line pode e deve ser diferente dos briefings de campanha.
Ao criar um hotsite, landing page, é preciso trazer outros questionamentos para garantir a qualidade final do projeto.


BACKGROUND:
(Esse produto tem histórico de comunicação? Online e Offline? Qual?)


OBJETIVOS DE MARKETING:
Quantitativo –
Qualitativo –

Teremos uma campanha direcionando para o projeto?


OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO:
(Institucional? Abertura de contas? Etc...)


PROJETO:
Temos algum material de referência/ textos?
( ) Sim
( ) Não

Se sim,
Devemos seguir essa referência...?
( ) Não
( ) Somente texto
( ) Somente Layout
( ) Adaptação fiel

O que devemos criar? Um conceito novo ou adaptação?
( ) Dois conceitos novos
( ) Um conceito + uma adaptação da referência
( ) Duas adaptações da referência


PRODUTO:

Descrição do produto ou serviço:

Qual o principal benefício? Argumento de venda?

Qual o conteúdo do projeto?

TARGET
Qual nosso target?
Quem são os influenciadores?
Quem são os formadores de opinião?

A quem iremos dirigir a comunicação?
( )Target
( ) Influenciadores
( ) Formadores de opinião
( ) Steakholders

Quem será o usuário final do website?
Teremos níveis de usuários? Áreas restritas?
Usaremos os formatos convencionais? 800x600, 1024x728?


ONDE FICARÁ O PROJETO?
Onde o website/ hotsite será hospedado? Dentro do Portal, fora?
Temos limitações de banda ou de acesso?
Qual a quantidade esperada de acessos?


PERÍODO
Qual o período de veiculação do projeto?


TOM E MANEIRA:
Qual o tom da comunicação do projeto? (Vendedor e agressivo, racional, emocial, etc...?)


OBRIGATORIEDADE E LIMITAÇÕES
Temos alguma obrigatoriedade ou limitação?
Será necessário criar um administrador, ou sistema de gerenciamento de conteúdo?
Temos alguma restrição a alguma tecnologia? Alguma especificação especial?
Podemos usar flash, applets, vídeos, scripts, audios?


BUDGET
Qual a estimativa de Budget para este trabalho? (produção/ veiculação)
Temos verba para compra de imagens?


CRONOGRAMA
( ) Deve seguir o cronograma normal
( ) Job urgente: Prazo:_____


TRACKING/ CLICKS
Teremos tracking de pós-click do projeto?
Mensuração de acessos, extração de banco de dados?
Relatórios e análises do projeto? Qual a periodicidade?
Isso está contemplado no Budget?

Modelo de Briefing On-Line

Modelo de Briefing On-Line

Depois de receber muitos pedidos, resolvi postar aqui!!!
Segue o modelo de briefing de campanhas on-line que montei.
Porem, existem vários...

Varia muito de acordo com a necessidade e estilo de campanhas que vc trabalha.
Mas pode servir como referencia para você montar seu próprio modelo.


BACKGROUND / HISTÓRICO

· Qual o contexto de mercado? Principais concorrentes?
· Esse produto tem histórico de comunicação on-line ou offline? Qual?

PRODUTO

· Descrição do produto ou serviço:

Oferta Principal:

Descritivo:
Diferencial:

Benefício:

Oferta Secundária:

TARGET


·Qual nosso target?

· Quem são os influenciadores?

· Quem são os formadores de opinião?

· A quem iremos dirigir a comunicação?

( ) Target

( ) Influenciadores

( ) Formadores de opinião

( ) Steakholders

MERCADOS

· Em que praças essa campanha será veiculada? Alguma deverá ser priorizada? O produto será comunicado de maneira regionalizada?


OBJETIVOS DE MARKETING

· Quais são os objetivos quantitativos?

· Quais são os objetivos qualitativos?

OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO

· Qual o nosso objetivo? (Institucional, awareness/ abertura de contas / etc?

PROJETO

· Quais peças (formatos) devemos criar?

· Temos algum material de referência / textos?

( ) Sim

( ) Não

· Se sim, devemos seguir essa referência?

( ) Não

( ) Somente texto

( ) Somente layout

( ) Adaptação fiel

· O que devemos criar, um conceito novo ou adaptação?

( ) Dois conceitos novos

( ) Um conceito novo e uma adaptação da referência

( ) Duas adaptações da referência

· Existe um Call to Action definido?

( ) Sim

( ) Não

· Para onde as peças devem encaminhar? Qual será o link?

TOM DA COMUNICAÇÃO

· Qual o tom da comunicação do projeto (vendedor e agressivo, racional, emocional, educativo, etc.)?

OBRIGATORIEDADES E LIMITAÇÕES

· Temos alguma obrigatoriedade ou limitação (peso, extensão...)?

CRONOGRAMA

· Qual é o prazo?

( ) Devemos seguir o cronograma normalmente

( ) Job urgente, prazo:

PERÍODO

· Qual o período de veiculação do projeto?

TRACKING/ CLICKS

· Teremos tracking de pós-click do projeto?

· Mensuração de acessos, extração de banco de dados?

· Relatórios e análises do projeto? Qual a periodicidade?

· Isso está contemplado no Budget?

BUDGET

· Qual a estimativa de Budget para este trabalho? (mídia e produção)

sábado, 8 de novembro de 2008

As 8 grandes questões

O que é fé? Você tem fé? Você tem certeza de que tem fé?

A verdade é que a maioria das pessoas gostaria de ter essa certeza. Gostariam de dormir hoje sabendo que se morressem durante o sono estariam prontas para encontrar-se com Deus.

Mas a fé nem sempre é tão fácil assim, mesmo para as pessoas que desesperadamente a desejam. Algumas pessoas têm fome de certeza espiritual, mas algo as impede de experimentá-la. Gostariam de possuir esse tipo de liberdade, mas certos obstáculos as impedem - bloqueiam os seus caminhos. As objeções as afligem. As dúvidas consomem por dentro delas. O coração quer elevar-se a Deus, mas a mente as mantem firmemente presas ao chão. Você se sente assim?

Se ao menos não houvessem tantas interrogações...

Seriam a fé e a razão realmente incompatíveis? É possível ser um pensador e ao mesmo tempo um cristão que crê na Bíblia?

Existem inúmeras grandes questões atuais que acabam a gente de Deus.
Por exemplo: Imagine que na capa da revista veja desse mês está a imagem de uma mulher negra do norte da África. A matéria é sobre a seca devastadora que está ocorrendo por lá. A mulher esquelética, segura nos braços o seu bebê morto que olha para o ceu com a expressão mais desolada. Essa matéria, por sinal, existiu e a fotografia foi publicada na revista Life.

Vendo isso você pensa:
"É possível acreditar que existe um Criador amoroso quando tudo que esta mulher precisava era de chuva? Como poderia um Deus amoroso fazer isso com aquela mulher? Quem governa a chuva? Não sou eu, não é você. Deus governa. Quem, a não ser uma criatura cruel, mataria um bebê e quase eliminaria sua mãe com seu sofrimento, quando o que simplesmente necessitavam era de chuva?

E o conceito de inferno? Meu Deus, eu não poderia pôr a mão de álguem no fogo por um momento. Nem um instante! Como poderia um Deus de amor torturá-lo para sempre, só porque você não o obedece ou não faz o que ele quer - não permitindo que você morra, mas continue sofrendo para toda eternidade? Não existe um criminoso que faça isso...!"

Bem essas são algumas das Grandes Questões*.
Que na verdade são oito. Listarei as 8 abaixo e nos proximos dias tratarei uma a uma...
1 - Se existe um Deus amoroso, porque este mundo dilacerado pela dor geme debaixo de tanto mal e sofrimento?
2 - Se os milagres de Deus contradizem a ciência, como uma pessoa racional pode crer que sejam verdadeiros?
3 - Se Deus criou o universo, o que dizer do processo da evolução espontânea que explica a vida?
4 - Se Deus é moralmente puro, como pode sancionar o massacre de crianças inocentes, como no Antigo Testamento diz que ele fez?
5 - Se Jesus é o único caminho para o céu, que dizer dos milhões de pessoas que nunca ouviram falar dele?
6 - Se Deus se preocupa com as pessoas que criou, como pode entregar tantas delas a uma eternidade de tormentos no inferno somente porque não creram nas coisas certas a respeito dele?
7 - Se Deus é dirigente supremo da Igreja, porque ela tem estado repleta de hipocrisia e brutalidade ao longo dos séculos?
8 - Se ainda sou assaltado por dúvidas, ainda posso ser cristão?

Procurando as respostas? "Vocês me procurarão e me acharão quando procurarem de todo coração" (Jeremias 29.13).
Então vamos as respostas...

Deus Existe?

Bem, dizem por aí que sobre política, futebol e religião não se discute..
Futebol, eu não faço questão... Mas adoro um bom papo sobre política e (principalmente) Religião.

Inauguro hoje, o tema Religião...
Contando uma história...

"Deus existe?" Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta.
* Um estudante respondeu confiante: Sim!
* Então se você acredita em Deus, então também deve acreditar que Deus fez tudo que existe, certo?
* "Sim, Ele fez!"
* Deus fez tudo, mesmo? - Desafiou o professor.
* Sim, professor - respondeu o jovem.
* O professor replicou: Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
* O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.

* Outro estudante levantou sua mão e disse:
* Posso lhe fazer uma pergunta, professor?

* Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.

* O jovem ficou de pé e perguntou:

* Professor, o frio existe?

* Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?

* O rapaz respondeu: Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.

* E a escuridão, existe? - continuou o estudante.

* O professor respondeu:

* Mas é claro que sim.

* O estudante respondeu: Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.

* Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:

* Diga, professor, o mal existe?


* Ele respondeu:


* Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.


* Então o estudante respondeu:

* O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."

domingo, 2 de novembro de 2008

Num mundo com quase 7 bilhões de pessoas, o que significa ser singular?

A singularidade é o tema do momento...

Todos os livros, jornais, propagandas falam que cada pessoa é única. E que todo mundo é importante e especial de uma maneira singular.

Mas num mundo com quase 7 bilhões de pessoas, quem se arrisca a levantar a mão com segurança e dizer que é diferente de todos os outros?

E o mais importante: como podemos afirmar que somos diferentes, quando no fundo, no fundo, temos sempre o desejo de sermos iguais a alguém?

Queremos ser como os nossos heróis.
Queremos ser incríveis, fantásticos.
E diante disso, será que queremos mesmo ser alguém singular?

Não... queremos ser importantes, grandiosos...
Mas não necessariamente únicos.

Vivemos numa sociedade onde o anonimato é desprezado...
Onde o pequeno é pouco...
Onde o sozinho é vazio...
Onde o que os olhos não vêem o coração não valoriza.

Se não conseguimos fazer muito, então não fazemos nada.
Se não conseguirmos mover o mundo, então nem nos movemos.

Ontem, enquanto voltava para casa eu vi uma frase pixada em um muro - que de tão triste e verdadeira - me fez escrever esse artigo.

Ela de dizia:
“Todos se comovem, mas ninguém se move”

Porque é tão difícil agir? O que nos impede de fazer – ainda que pouco – alguma coisa, qualquer coisa extraordinária por alguém? Porque sempre temos a sensação de que não é com a gente? De que não temos o suficiente? Não temos, coragem, tempo, dinheiro, força o suficiente... E com certeza existe alguém incrível que irá fazer isso por nós.

Vibramos com os feitos de nossos heróis e esquecemos de que também somos extraordinários para alguém. Isso é singularidade. E esse é o tamanho da importância da singularidade para o mundo de hoje.

Não queira ser como a Madre Teresa de Calcutá.
Queira ser quem você é. E faça o que você puder fazer.
Pois a própria Madre Tereza, foi quem tantas vezes afirmou:
Se você não pode alimentar 100 pessoas, alimente apenas uma.

Madre Tereza foi uma pessoa singular.
Não foi a pessoa que mais fez.
Mas foi alguém que fez e fez com paixão.

Nunca deixe o que você não pode fazer interferir naquilo que você pode.
Não importa quem você é, há sempre alguém que o considera importante.
Existe pelo menos uma pessoa que precisa de você.
Existe um trabalho que nunca será feito se você não o fizer.
Existe um espaço que só você pode preencher.
Isso é singularidade.

Todos pensam que para ser singular, único, é necessário fazer alguma coisa extraordinária que afete centenas ou milhares de pessoas. Mas a grande verdade é que para ser grande é preciso pensar pequeno. É mais nobre dedicar-se totalmente a um indivíduo do que doar uma pequena parte de si para a multidão.

A própria Madre Teresa não concordava com a maneira abrangente de fazer as coisas: “O amor precisa começar com uma pessoa”. E se você se dedicar a ler a biografia dos principais heróis da humanidade, vai perceber que eram pessoas que compartilhavam desse mesmo principio.

E se pararmos para pensar (e o meu comentário é destituído de qualquer influencia religiosa) o indivíduo mais famoso que já existiu, Jesus Cristo, dedicou a sua vida a mudar apenas 12 pessoas. E focando em 12 pessoas, ele mudou o mundo. E efeitos disso ecoam até hoje. Essa é à força da singularidade.

Se você quer mudar o mundo, comece mudando a si mesmo.
Mude a sua percepção de grandeza.
Depois se dedique a mudar a vida de uma única pessoa...
E depois de outra, e de outra, e de outra ...
Porque é só assim que se muda o mundo.
Não existe caminho mais curto, mais rápido ou mais fácil.

E quando você fizer isso,
Não vai mais precisar levantar a mão para provar ao mundo que é alguém singular. Porque alguém já irá espontaneamente fazer isso por você.

sábado, 30 de agosto de 2008

Felicidade Realista??? O que é isso???

Uma carta para Martha Medeiros,

Resolvi postar hoje aqui um texto do qual tenho ódio mortal: "Felicidade Realista"!
É um texto que roda já algum tempo pelas correntes de e-mail, com a suposta autoria de Mario Quintana.

Calma, antes que vocês me ataquem com mil pedras preciso dizer que: não tenho ódio mortal de Mario Quintana. Inclusive, gosto muito dos textos dele – mas esse... bem, esse aqui é terrível! E o pior: ele não é de autoria de Mario Quintana!!! Tadinho, se ele soubesse...

Na verdade pertence à Martha Medeiros.

Ou seja todas as milhares de pessoas que tem repassado o texto, nem se preocuparam em verificar a informação!

E o que mais me impressiona, é que ele tem sido enviado há anos... como se fosse uma verdade absoluta. Como se fosse a coisa mais linda do mundo todo. E não é!

Não só a autoria está errada, como as idéias! Principalmente as idéias...

Cuidado gente! Todo o texto que você repassa para alguém, você está dando um atestado de legitimidade. Não só isso, você está recomendando!!! Está colocando sua assinatura embaixo. É algo em que você acredita e que quer disseminar.

Antes de repassar, repense.
E que tal começar agora?

Aí vai o texto. Se você não conhece, leia ele, antes de ler os meus comentários abaixo.(você provavelmente já recebeu, e possivelmente já repassou)

FELICIDADE REALISTA (Martha Medeiros)
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um
pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde,
ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o
cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco
estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo,
gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a
gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o
estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora
de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva
o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a
meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser
feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.


Para todas as pessoas que um dia me passaram um email com esse texto...
Para todas as pessoas que repassaram para qualquer um esse texto...
Para todas as pessoas que um dia pensaram em repassar esse texto...
Para todos os que concordaram ou que se identificaram de alguma forma...
EU


DETESTO ESSE TEXTO!!! POR FAVOR não me mandem mais!!!
Não mandem mais pra ninguém. E por favor NÃO tomem como verdade o QUE ELE DIZ!!!!
Não consigo acreditar!!!

Resolveram dar um tom cético até a felicidade!!!! Blah!!!! Pelo amor de Deus!!! Não temos nem mais o direito de sonhar com o que quisermos???

Aí vai a minha resposta a Martha Medeiros!
É claro que não basta ter saúde, dinheiro e amor!!!
Meus desejos são complexos assim como eu, e todos nós somos!
É claro que eu quero ser magra, sarada e irresistível que nem a mais linda das Top Models. Quero uma piscina olímpica, uma temporada num spa cinco estrelas e mais.

Quero ter dinheiro para viajar o mundo todo, e comprar as melhores roupas e fazer vários cursos e ajudar muita gente.

E quanto ao amor? Quero mais do que alguém pra comer pizza, conversar e fazer sexo de vez em quando. Eu quero uma pessoa que ME COMPLETE, que me surpreenda e me faça declarações inesperadas. Quero alguém imprevisível, e ao mesmo tempo em que eu possa confiar. Quero jantar a luz de velas e todas aquelas bobagens que fazem a vida ficar mais divertida e que fazem o amor durar. Quero amor para sempre. Quero estar visceralmente apaixonada! Porque não? E quem não quer?

"Tentar ser feliz de forma realista". Isso ridículo! O que é isso? Nos tornamos tão mesquinhos que temos que poupar esforços e economizar em sonhos? A felicidade virou um sistema de gerenciamento de crises: onde é necessário reduzir os custos para atingir as metas!

Pra começar felicidade não é uma meta: cada vez que você consegue realizar um objetivo, você ganha um ponto de felicidade! ÊÊÊÊÊÊÊ! Quer dizer então que a gente precisa reduzir os nossos objetivos para ganhar mais pontos? Sonhar com o que os outros acreditam que eu não posso ter me faz perder no jogo da felicidade? É isso então? A felicidade se resume a uma questão de quantos objetivos podemos alcançar??? Deseje pouco que vc consegue!!! E aí então será feliz!!!

Não vê que isso não faz sentido? Felicidade não é algo que se alcança. É algo que se têm. É uma forma de ver o mundo. É uma atitude. Uma perspectiva. Felicidade não é você conseguir o que você quer. Acredito que não existem caminhos para a felicidade, a felicidade é o caminho! E fazer o caminho ficar mais curto ou mais fácil não vai fazer ninguém ficar mais feliz!!!!

E é por isso que eu vou continuar fazendo exercícios almejando as passarelas. Trabalhando almejando o estrelato. Amando almejando o eterno.

Sonhar faz bem. Sonhar faz feliz. Mesmo que você não alcance, vale a pena sonhar e se divertir com seus sonhos. Testar os próprios limites faz muito bem. Não há nada de errado em querer alcançar as estrelas. E isso não é uma questão de competitividade. Isso é ser visionário.

Não deixe que ninguém te diga que a suas metas são altas demais. Tem o título de um livro que diz: VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS. É isso aí.

E me desculpe Martha, mas alegria, paixão e entusiasmo são sim, parte integrante da felicidade. Nunca ouvi falar de alguma pessoa feliz que não fosse alegre, entusiasta e apaixonada pela vida.

Porque temos que nos contentar em querer apenas aquilo que não nos traga ansiedade, medo ou risco? Sonhar só com o previsível, o simples, o comum, o "realista"? Isso é chato, monótono e definitivamente não combina com meu conceito de felicidade.

E é por isso que nessas horas eu prefiro respirar fundo e continuar a ler o meu bom e velho amigo Mario Quinatana: " Se as coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fosse a presença mágica das estrelas "

Ps: Aposto que Martha Medeiros não é uma pessoa muito feliz...
Beijos,

O Amor e o Bungee Jumping

O Amor e o Bungee Jumping
Quem viveu, sabe. E quem não sabe, jamais entenderá por meio de explicação...

No amor... é preciso aprender a se jogar!!!

Hoje pela primeira vez na minha vida eu pulei de Bungee Jumping.

Nossa! Não tenho palavras para explicar a sensação que é aquele negócio. È pânico, adrenalina, pavor, sentimento de liberdade, felicidade... resumindo, uma loucura. Tem horas que você acha que o seu coração não vai agüentar. Quem viveu, sabe. Quem não sabe, nunca entenderá por meio de explicação.

E hoje à noite... refletindo sobre a experiência que vivi, não pude deixar de observar a grande analogia que pode ser feita entre o bungee jumping e os relacionamentos em geral.

Vocês já ouviram a expressão de que para viver uma história de amor você tem que se lançar de cabeça? É mais ou menos por ai...

E nessa grande brincadeira de queda livre só ganha quem tem coragem de se arriscar. O medo de cair é grande. E se aquela geringonça falhar? E se aquele alguém te fizer sofrer?

É engraçado que no Bungee Jumping, assim como no amor tem sempre alguém com uma opinião e uma história pra contar. "É perigoso demais... Um amigo de meu amigo morreu assim!" "A prima de uma amiga minha passou pela mesma situação".Todo mundo sabe o que é melhor pra você. Nunca vale a pena pular...

Então afinal? Pra que se arriscar? Pra que pagar pra ver? Pra que pagar pra sofrer? O que é que você ganha com isso?

Bem... A princípio você não ganha nada

Eu não ganhei um prêmio de honra ao mérito, não ganhei um emprego, não ganhei um reconhecimento público pela minha bravura e definitivamente não ganhei dinheiro (muito pelo contrário)

Inclusive... eu até perdi...

Perdi a gravidade. Perdi a razão. Perdi o medo de cair. Cheguei até a perder o ar! Mas sabem de uma coisa? A vida não pode ser medida pela quantidade de ar que você respira... mas justamente por todos aqueles momentos que fazer você perder o ar!

E é justamente por isso que eu também ganhei!

Eu ganhei mais vida. Mais aventura. Mais batimentos cardíacos por segundo e um jato incrível de adrenalina no sangue.Ganhei uma visão do mundo à 53 metros de altura, e depois outra visão a dois metros do chão – tudo numa questão de menos de 3 segundos e posso dizer com firmeza o quanto elas são diferentes! E como sua perpespectiva pode mudar em questão de segundos! Eu ganhei gritos de desespero, uma risada gostosa de alívio, e a sensação de poder voar! Eu ganhei uma história pra contar e uma experiência que não tem preço...

No amor não é diferente. A princípio você não ganha nada. São tantos amores dolorosos. Tantos finais traumatizantes. Tantas pessoas que te fazem sofrer... São tantas quedas... que você chega até a se perguntar se vale a pena pular. Se jogar pra que? Pra cair? Pra sofrer?

Se você está nesse estágio...(todos nós pelo menos uma vez durante nossa vida passamos por essa etapa de descrença) ou pior, se você empacou ou embarcou nessa filosofia cética de vez - recomendo que você dê um pulinho de bungee jumping.

Sabe porque?

Porque relacionamentos são como uma grande queda livre. Você tem que aprender a se jogar. E pra se jogar é preciso perder o medo de cair. E pra cair é preciso coragem. E pra voar é preciso cair.

E a princípio você não ganha nada. Você até perde.

Perde a paz. Perde o sono. Perde a razão. Chega até a perder o ar! Mas depois dos gritos de desespero, sempre vem uma risada gostosa de alívio. Essa é a hora em que você sabe que encontrou a pessoa certa. Aquela pessoa que faz o seu mundo girar por completo - dos 53 metros de altura até os dois metros do chão – tudo numa questão de segundos. E quando você encontra essa pessoa – aí você entende que você também ganhou. Você ganhou mais uma vida, uma história pra dividir, e a incrível sensação de poder voar!

E pode até ser que o amor acabe. E que um dia você tenha que voltar a pular de novo. Pode ser até que você chegue a achar que o seu coração não vai mais agüentar...

É nessas horas que você tem que se lembrar que a experiência que você viveu é algo que não tem preço. È algo que você sempre vai poder levar com você. Algo que não se apaga. Algo que te define. Que te separa dos demais. Porque você é diferente de todas aquelas pessoas que ficaram lá embaixo e que não tiveram coragem de subir. Você é diferente de todos os que optaram por não pular.

Porque só você entende da dor e da alegria, dos risos e lágrimas, dos altos e baixos de uma grande história de amor. Você entende porque você estava lá. Você viveu. Quem viveu, sabe. E quem não sabe, jamais entenderá por meio de explicação...

sábado, 23 de agosto de 2008

Quem quiser que atire a primeira pedra...

E quem quiser que atire a primeira pedra...
A Beleza o Dinheiro e a Simbiose

Hoje me deparei com uma cena que me fez pensar. E como toda pseudo-escritora-bloggeana me mantive alinhada com a minha nova filosofiade vida: Penso, logo escrevo. Rsrsrs...

Brincadeiras à parte, este assunto é sério e extremamente divergente. Escrevo então, não uma verdade absoluta (que fique bem claro), mas apenasum ponto vista.

Ai vai o fato:
Eu estava andando tranqüilamente em direção a academia com um frio de doer e quase desistindo quando me deparei com uma aberração: uma menina deuns 20 anos de idade de mãos dadas com um senhor (claramente rico) que devia ter mais de setenta anos.

Nesses meus poucos anos de vida já tive a oportunidade de ver muitos casais com diferenças grandes de idade, mas nada tão gritante quanto a diferença daquele casal.

Enquanto eles andavam alegremente - eu pensava "avô e neta, avô e neta, avô e neta" -Mas à medida que eles se aproximavam foi ficando claro queaquilo que eles tinham estava longe de ser um laço familiar.

Percebendo que tinham platéia acredito que instintivamente o casal começou a se beijar. "Ai Meu Deus que nojo!". Epa! Eu não tinha dito isso! Ao virar pro lado percebi que eu não era a única que estava "assistindo" o casal. Havia duas mulheres que também pareciam observá-los e discutiam em alto e bom som aquilo que viam.

De repente o casal deixou de me chamar à atenção e eu me vi interessada pela conversa das duas. Tudo bem que o casal era pra lá de estranho, mas nojo? Isso parecia um pouco de exagero.

Ela continuou em tom de sincera indignação: "Isso é mesmo um absurdo! É claro que esta menina só quer o dinheiro dele! Não ta vendo? Não sei como esses homens se deixam serenganados desta forma!"

A outra completou: "È verdade! Ela é uma interesseira! Olha só pra isso? Ta na cara! Só não vê quem não quer!".

Quando eu ouço esse tipo de coisa eu sinto meu sangue ferver! Todo sangue sobe até a cabeça e dá uma vontade de gritar: O QUEÉÉÉÉÉ! COMO ASSIM???? COMO ASSIM ELA É INTERESSEIRA? E ELE???

Quando meu olho bate em um casal desse tipo eu não vejo só uma garota interesseira! Eu vejo um senhor interesseiro também! É claro que ela não está com ele pela sua juventude de espírito, assim como ele não está com ela pela sua beleza interior. O jogo vale para os dois lados, minha gente! Ela busca nele a riqueza que nunca poderá ter por conta própria. Ele busca nela a beleza e a juventude que não pode resgatar. É uma troca. Um parasitismo. Uma simbiose. É um sugando o outro. È um equilíbrio quase natural! Não existe aberração nesse tipo de relacionamento. Cada um está doando uma parte. Pode parecer estranho, mas é verdade.

O que eu não consigo entender é porque muitas mulheres bonitas são condenadas por perseguirem homens que tenham dinheiro e homens que tem dinheiro nunca são condenados por perseguirem a beleza. Porque para mim, neste jogo de interesses o dinheiro é uma moeda, sim – mas a beleza também é.

Quando você vê na Caras uma modelo M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A namorando com um jogador H-O-R-R-E-N-D-O (porem, milionário) de futebol você pensa logo " interesseira". "Será que ele não enxerga que ela está com ele só pelo dinheiro?" É quase automático, né? Diga que não é? É sim!!! E pra completar ainda fica remoendo como é que o pobre coitado acredita naquela víbora que quer roubar todo o seu dinheiro.

Agora vamos inverter a situação. Você abre a mesma manchete e pensa: "Interesseiro!!!" "Será que ela não percebe que esse jogadorzinho medíocre está com ela só por causados seus 90 de busto 50 de cintura e 90 de quadril? Será que ela não vê que ele não se importa com ela mas só com sua beleza? E que se ela fosse gordinha, ou tivesse espinhas ou fosse baixinha ele provavelmente nunca olharia pra ela?

Soa estranho não é? Mas é isso ai gente...

Não se enganem... Não tenha pena do pobre vovô, nem do coitado jogador de futebol...

Eles sabem... Elas também... SIMBIOSE

Por favor ... não achem que eu estou fazendo nenhuma apologia a esse tipo de relacionamento! Muito pelo contrário... Eu acredito no amor. Prefiro deixar a simbiose para os bichos. No entanto, gosto das coisas claras e acredito que se tivermos que julgar alguma coisa que julguemos o conjunto! Se for condenar a mulher - não se esqueça do homem.

E quem quiser que atire a primeira pedra. E se possível à segunda...logo em seguida!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

MÉTRICAS On-line para Iniciantes

Logo quando entrei nesse mundo doido da internet, procurei por todos os cantos um guia rápido, fácil e prático que me desse uma noção de onde eu estava me metendo...Não encontrei.

Anos se passaram e esse guia não existe ainda!!!
Tudo é muito complicado...
Muito extenso...
O que é engraçado, já que a internet é rápida, curta e certeira.
E além do mais, tudo muda o tempo inteiro!

Então nem adianta demorar 1 mês lendo um livro enooorme, porque passado um mês, provavelmente tudo já mudou.

Sem exageros.

Então vamos ser curtos e práticos!!!

Qual a principal diferença entre a Mídia On-line e a Mídia Convencional?
(tirando todo aquele blá, blá, blá, que já estamos cansados de saber...interatividade, reciprocidade, real-time, one-to-one...)

A verdade é uma: A internet é um veículo mensurável.

PONTO. É ISSO!
E é por isso que seus clientes vão quere fazer web. E é isso que vc terá que saber. E é justamente isso que praticamente ninguém consegue explicar...hehe...

Mas vamos lá que o tempo é curto!
Quando preparamos um plano de mídia offline, o foco é no veículo:
Perfil do público do programa, praças, freqüência, cobertura e volume.(Afinal, ops programas de Tv, revistas..etc são limitados. Temos que nos adequar a mídia. Onde está a mídia que o meu consumidor assiste?)


Em um plano de mídia online, o foco muda para o consumidor:
Região, sexo/idade/classe social, cobertura, freqüência, duração, dia/hora.
(Afinal, o conteúdo na Internet é ilimitado... portanto seria impossível avaliar todos os canais, sites, blogs e conteúdos...Então podemos cortar essa parte e ir direto ao que interessa: Onde está o consumidor?)

Ok, tá... Mas como eu mensuro?

Existe uma quantidade enorme de ferramentas de mensuração de
resultados, tanto pagas quanto gratuitas.

Veículos (gratuito): Os próprios veículos enviam relatórios da entrega de
impressões, volume de cliques, CTR e calculam o CPM pago ao fim da
campanha de mídia online. Ou seja, se você comprar espaço no Terra, no Uol, ou em qualquer canal profissional, eles irão te passar um relatório de quantas pessoas viram seu banner e clicaram nele.

Ferramentas pagas: (Ué? Se os veículos me passam todos esses dados porque é que eu vou pagar pelo que já tenho de graça?)

Os chamados ADservers são empresas especializadas em mensuração que acompanham o internauta do momento do clique até sua saída do site. Além de poupar muito trabalho, pois eles padronizam e organizam todos os dados enviados pelos diferentes peças da campanha, eles conseguem "fazer o percurso" de cada peça até onde você quiser.

Por exemplo: Imagine que eu faço uma campanha para vender um livro, que leva até a minha Home onde a pessoa pode ler a sinopse e comprar o livro. Os veículos só poderão te dar indormação de quantas pessoas viram as peças e quantas pessoas clicaram na peça.

E com isso eu já não tenho tudo?

Nããããão...

Afinal, um banner no UOL pode ter gerado muitos cliques. Mas esses cliques não se converteram em vendas. Por outro lado, um arroba banner no Terra pode ter gerado poucos cliques e muitas vendas. Como eu sei disso?

Através do adserver...que mapeia o caminho do usuário até o meu site e me mostra que páginas ele visitou por lá, quanto tempo ficou no meu site e se efetuou ou não o cadastro.

Isso nos permite ver quais veículos e peças geraram o maior resultado absoluto e qualitativo, abrindo a possibilidade para alterações no plano e investimentos mais precisos.

Bem, por hoje é só...
Depois eu volto com mais!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Business Intelligence ?

Prezado leitor,

apartir de hoje inicio como colaborador deste blog, meu nome é Guilherme Lima, sou consultor em Business Intelligence, estudante do curso de Administração e com uma boa bagagem formada pela área de informática.
Espero ajudar à todos fazendo algumas abordagens sobre informática e administração moderna.

Começarei hoje com um tema recorrente às organizações e aos gestores responsáveis por tomadas de decisões, o famoso B.I (Business Intellingence).
A Inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group, "inventado" por um personagem importante do Mundo empresarial, Howard Dresner, eu tive a oportunidade de conhece-lo na minha passagem pela Hyperion, uma das maiores empresas deste segmento, nos próximos posts colocarei à disposição o material que ele me forneceu.

Bom, sem mais blah blah blah vamos ao que de fato interessa.
Boa leitura !

O conceito surgiu na década de 80 e descreve as habilidades das corporações para acessar dados e explorar as informações ( normalmente contidas em um Data Warehouse/Data Mart), analisando-as e desenvolvendo percepções e entendimentos a seu respeito, o que as permite incrementar e tornar mais pautada em informações a tomada de decisão(JFF).As organizações tipicamente recolhem informações com a finalidade de avaliar o ambiente empresarial, completando estas informações com pesquisas de marketing, industriais e de mercado, além de análises competitivas. Organizações competitivas acumulam "inteligência" à medida que ganham sustentação na sua vantagem competitiva, podendo considerar tal inteligência como o aspecto central para competir em alguns mercados.
Geralmente, os coletores de BI obtêm as primeiras fontes de informação dentro das suas empresas. Cada fonte ajuda quem tem que decidir a entender como o poderá fazer da forma mais correta possível. As segundas fontes de informações incluem as necessidades do consumidor, processo de decisão do cliente, pressões competitivas, condições industriais relevantes, aspectos econômicos e tecnológicos e tendências culturais. Cada sistema de BI determina uma meta específica, tendo por base o objetivo organizacional ou a visão da empresa, existindo em ambos objetivos, sejam eles de longo ou curto prazo. [continua]

terça-feira, 29 de abril de 2008

Capitulo 1: Essa tal publicidade

Sabe,

Lembro bem do dia em que decidi que seria uma publicitária...

O engraçado é que não foi durante o terceiro ano, nem no vestibular. Até então eu achava que queria fazer jornalismo. Antes disso, direito. E muito antes disso, artista de cinema...rs

Tem uma lenda que corre na família e que não tenho como confirmar... Mas dizem que aos 5 anos de idade, sempre que me perguntavam o que queria ser a resposta era uma só: vou ser atriz de cinema e morar em Paris.

Mas aos poucos fui percebendo que ser atriz não combinava muito comigo... Queria fazer uma diferença no mundo: faria direito. Iria trabalhar em grande tribunais e participar de causas judiciais dignas dos melhores filmes Hollywoodianos.

Essa decisão durou até os 17 anos. Quando, logo após meu intercâmbio, meu irmão passou em Direito, e estava amando. Bem, eu e o Gordinho éramos tão drasticamente diferentes, que seria impossível nós dois amarmos o mesmo trabalho.

Isso gerou muitas dúvidas...Comecei a fuçar uns livros, conversar com algumas pessoas da área e a resposta veio certeira! Direito não era pra mim! A idéia de trabalhar em escritórios fechados e ter que enfrentar toda burocracia do sistema judicial brasileiro, além dos problemas de corrupção, lentidão...Não, definitivamente não era direito.

Com isso uma outra conclusão óbvia me veio a cabeça: Jornalista! Eu sempre gostei de escrever! É isso! Escreveria para revistas, jornais, viajaria o mundo...era a minha cara! Com isso, sem sombra de dúvidas me inscrevi em todos os vestibulares possíveis em jornalismo...com exceção daqueles em que não havia essa opção: nesses, após grande pressão de minha mamãe para que também me inscrevesse, eu fiz publicidade.

Bem, enquanto a faculdade não chegava, comecei a pesquisar bastante sobre minha futura profissão. Na maior cara de pau, cheguei até a conhecer um jornalista famoso de Salvador, que me apresentou a toda equipe da TV Bahia (maior canal de televisão da Bahia).

Principalmente depois dessa visita o entusiasmo começou a se "apagar". Tinha alguma coisa que estava errada... Apesar de tudo indicar que Jornalismo era a profissão perfeita pra mim, fiquei com uma sensação ruim... eu não sabia exatamente o que era... uma espécie de desencanto. Não tinha gostado do ambiente de trabalho...nem tinha achado que aqueles jornalistas se pareciam comigo... Hoje sei que muito do que me incomodou é que apesar de estar dentro da comunicação, o jornalismo é um trabalho extremamente individual, técnico, que exige concentração e introspecção. Nada haver comigo...rs

Por sorte, o primeiro resultado que saiu foi o da Universidade Salvador. Havia passado pelo Enem em sexto lugar! Mais do que felicidade, isso colocou um enorme ponto de interrogação na minha cabeça: O que era publicidade?

Apesar de haver me inscrito nisso, eu não tinha a menor idéia do que era uma faculdade de publicidade...do que se aprendia lá. Parecia meio bobo aprender a criar propagandas.

Mas enfim, a questão é que, por caminhos tortuosos (incluindo uma dor de barriga fenomenal no dia da última prova da federal) eu acabei indo parar na FACS.

Segundo diziam era a melhor faculdade de Publicidade e Propaganda de Salvador. Era relativamente nova, mas muito moderna.

Naquela época eu estava completamente perdida. Não sabia o que fazer... Após uma insistência enorme de mamãe, acabei me inscrevendo para experimentar... Ia ver o que era essa tal de publicidade. De qualquer forma, eu havia pedido pra ela guardar todos os meus módulos de pré-vestibular. Eu tinha certeza que iria me inscrever novamente no cursinho...

No primeiro dia, enquanto entrava na faculdade, uma pergunta não saia da minha cabeça "O que é que eu estou fazendo aqui"? Eu, a pessoa mais careta do mundo todo, transitava entre alunos de "dreads", tatuagens enormes, piercings em lugares inimagináveis (como na lingua!!! rsrs...). Pra mim que sempre fui muito certinha, parecia coisa de outro mundo.

Eu me lembro como se fosse ontem o meu primeiro dia de aula...me encolhi no fundinho da sala, tentando parecer invisível (o que estava óbvio que eu era). Aos poucos fui observando os meus colegas de sala e um sentimento estranho foi tomando conta de mim: semelhança.

Eu estava em casa.

Apesar de extremamentes diferentes, de um certo modo eles eram iguais a mim!!! Havia alguma coisa alí, não sei se era o jeito de pensar, ou a forma com que todos interagiam, mas estava mais do que óbvio que aquela era a profissão para "pessoas como eu" - seja lá o que isso fosse.

Nesse dia, voltei pra casa absurdamente entusiasmada, e então falei para mamãe com um sorriso decidido e estampado na cara:

- Pode jogar todos os meus módulos fora!

E foi assim que dentro de uma longa linhagem de Médicos, Advogados e Administradores, eis que surge a ovelha negra da família.

- Eu vou ser publicitária!!!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

NÃO VIVA CADA DIA DA SUA VIDA como se fosse o ultimo.

Todo mundo tem a sua própria listinha de aprendizados...
O seu próprio "Filtro Solar".(com a exceção de que me dei direito de não mencionar o filtro solar, afinal, as rugas ainda não fazem parte do meu aprendizado...talvez na listinha de 25 anos eu mude isso...)

Bem, nesses 24 anos de existência, aí vão ,meus aprendizados...
Mas como todo mundo sabe: se conselho fosse bom...rs

1. Seja Simples:Quem precisa de muito para ser feliz nunca será muito feliz.
2. Não seja orgulhoso: É melhor estar feliz do que estar certo.
3. Corra pelo menos um risco por dia (mesmo que seja um bem pequeninho, como falar com um estranho no elevador
4. Escute as pessoas COM TODA a sua atenção. Não fique pensando já em uma resposta antes mesmo dela terminar. (a maioria das pessoas faz isso!)
5. Sonhe alto, longe, vasto e grande. Ninguém nunca irá além de suas convicções.
6. Ajude os outros a sonhar também.
7. Cerque-se de pessoas otimistas, felizes e apaixonadas pela vida.
8. Aprenda uma coisa novas o tempo inteiro e partilhe esse conhecimento.
9. Tente fazer pelo menos uma boa ação por dia.
10. Chegue adiantado 10 minutos em todas as suas reuniões.
11. Mágica: Aprenda a discutir sem brigar.
12. Seja especialmente calmo, amável, educado e elegante com todos aqueles que não são nada disso.
13. Aceite elogios
14. Dê prioridade as suas prioridades (esse é bem dificil!)
15. Agradeça com freqüência
16. Fale devagar e com suavidade
17. Sorria em todas as oportunidades que puder
18. Aja com equilíbrio: não confunda ação com agitação
19. Numa reunião dirija-se aos indivíduos e não ao grupo.
20. No trabalho, chegue cedo e saia cedo. E não o contrário. (outro conselho dificil)
21. Evite perguntas que podem ser respondidas com sim ou com não. Faça perguntas abertas.
22. Telefone para as pessoas que você gosta
23. Leia biografias
24. Fora do trabalho evite falar de trabalho
25. Faça algum trabalho voluntário. Ajudar o outro a ser feliz é o caminho mais rápido para tornar-se feliz.
26. Ser medíocre não é a meta de ninguém. Lembre-se disso ao tratar com pessoas difíceis.
27. Aprenda a gerenciar seus pensamentos e emoções. Você deve controlá-los e nunca o contrário.
28. Não se apegue demais a uma idéia. Boas idéias podem ser roubadas. O que realmente importa é a sua capacidade de ter idéias.
29. Seja constante. A inconstância leva ao desequilíbrio. O desequilíbrio leva a depressão. Afaste-se de tudo o que te dê picos de alegria e tristeza.
30. Leia a Bíblia. Existe um motivo para que ela seja o maior best-seller da humanidade.
31. Seja curioso
32. Questione-se sempre.
33. Elogie aqueles que trabalham com você. Todos os que trabalham recebem salário, mas nem todos recebem reconhecimento.
34. Coloque as pessoas que você conhece em contato com as outras. O segredo do networking: Quanto mais você dividir os seus contatos, mais eles irão se multiplicar.
35. Tenha metas
36. Saiba secretamente a resposta para as perguntas básicas da vida "quem eu sou", "porque estou aqui" e "pra onde vou".
37. Ceticismo é preguiça de buscar conhecimento.
38. Nove de cada dez pessoas acreditam em Deus. A maioria dos ateus sequer leram a Biblia: Questionar o que você sabe é sabedoria. Questionar o que você não sabe é ignorância.
39. Tenha fé. Na vida, nas pessoas, em você mesmo e em Deus.
40. A única coisa na vida que não tem solução é a morte. Nada além disso merece o seu desespero.

E...
Ao contrario do que dizem por aí:

NÃO VIVA CADA DIA DA SUA VIDA como se fosse o ultimo. Na ânsia e no desespero de curtir a vida, porque sabe que irá morrer em breve...

VIVA CADA DIA COMO SE FOSSE O PRIMEIRO: com a paixão de quem esta vivendo tudo pela primeira vez e a calma, e a sabedoria de quem tem a vida inteira pela frente.

segunda-feira, 31 de março de 2008

A Reinvenção do Atendimento por Marcio Santoro

Sou fã desse cara.
Esse é um texto que TODO Atendimento deveria ler...

UM NOVO PERFIL E POSICIONAMENTO
A-t-e-n-d-i-m-e-n-t-o

Márcio.
Eu não gosto deste nome. A culpa é do médico da minha mãe. Pode parecer estranho, mas foi ele quem me deu esse nome. A história é simples: 30 de agosto de 1970, em alguma maternidade no centro de São Paulo, o pau corria solto. Meu pai querendo me dar o nome de Armando e minha mãe de Rodrigo (fico imaginando como ia me ferrar se me chamasse Rodrigo Santoro...).

De um lado toda a família Santoro e do outro a Miritello, tudo italiano casca grossa brigando para valer. A uma determinada altura a pancadaria atingiu um nível que o doutor teve que entrar. Em um ato impensado deu um palpite ...aí veio Márcio!!!

Todo mundo fez cara de árvore e minha mãe, com falta de juízo, aceitou a sugestão. Ela olhou para mim e disse:“- Você vai se chamar Márcio”.

Foi a primeira e última vez em que ela me chamou assim. Meu apelido foi dado no dia seguinte e virei Meco. O Márcio sumiu.

Passados 17 anos, trabalhando sem ganhar um centavo furado na DPZ (estágio não remunerado), me deparei com um sujeito gente-fina mas com cara de bravo (Daniel Barbará), que me disse: “- Márcio, (caramba...era eu!) pegue essas fitas e um avião e entregue uma cópia na Manchete e outra na Globo lá no Rio. Se não chegar no horário, eu arranco seu saco!”

Pronto! Márcio, ele voltou. O nome tava na roda em caráter irrevogável. Nesses tempos de DPZ, eu comecei a flertar com um departamento chamado “atendimento”. Eu gostava daquele negócio agitado, botando todo mundo na agência para trabalhar, o contato com clientes, a coisa de vender idéias etc.
Mas o nome do departamento...
Atendimento, mas que m... Dava a idéia de uma coisa limitada.
Mas me apaixonei e fui com tudo. Saí da DPZ, fui estudar fora, voltei e comecei a atender a Lever na Lintas e lá fiquei por oito anos. Depois de mais sete anos na DM9DDB, fui convidado pelo Nizan para abrir a Africa, uma agência modelo de atendimento mais exclusivo, com poucos clientes. Durante esses últimos anos tenho tentado, até pela nossa forma diferenciada de se envolver com o cliente, criar um profissional de atendimento moderno, com visão de negócios.

Um cara que sai a campo toda semana, que tem as vendas na ponta da língua, que corta produtos do portifólio do cliente, que cria serviços, que diz “não” ao cliente com embasamento, que planeja, que dá o “key insight” para a criação, que discute pesquisa, que estimula a mídia a ser criativa, que integra o offline com o online.

Isso está em linha com a matéria de capa do Advertising Age de algumas semanas atrás, que alerta para o fim do profissional de atendimento antigo. A matéria é clara – morreu um perfil de profissional, e não a atividade. A mesma matéria diz que a Amalgamated aboliu o atendimento no começo de suas atividades em 2003 e foi um verdadeiro caos.

Atendimento, assim como Márcio, são nomes de que eu não gosto, mas estão aí. Esse negócio de acabar com o atendimento, tema em discussão hoje em dia, é uma piada ou simplesmente uma forma de ter assunto. Honestamente, eu me sinto desrespeitado com isso. Assim como toda a nossa categoria deveria se sentir.

Pior ainda é diluir as atribuições do atendimento aos outros departamentos. Dar a função de atendimento para planejamento ou criação é acabar com essas áreas, que vão ter que parar de planejar e criar para atender.

A Crispin, Porter & Bogusky de Miami, uma das agências mais modernas e criativas do momento, tem atendimento e dos bons. Pergunte ao Jeff Steinhour, sócio e diretor de atendimento da Crispin.Reinventar-se é hoje uma atribuição não só do atendimento, mas sim de toda a atividade da propaganda. Eu pensei em mudar o meu nome há alguns anos, mas achei melhor me concentrar e tentar ser um atendimento. Eu pensei em mudar o nome do meu departamento há alguns anos, mas achei melhor me concentrar em reinventá-lo. Extingui-lo seria muito mais fácil.

Marcio Santoro
Sócio-Diretor de Atendimento da Africa

Atendimento 8 ou 80

Atendimento 8 ou 80
Ao observar meus colegas de profissão e de cargo, tenho identificado dois perfis básicos de Atendimento no meio publicitário...o 8 e o 80.

O 80 é o tipo mais comum de Atendimento: aquele que se curva quase 90 graus para atender o cliente. Não tem senso crítico, esfola a criação e muitas vezes até a rentabilidade da conta para atender aos caprichos daquele que "paga os nossos salários".

O segundo tipo, menos comum, porem igualmente nocivo a nossa categoria é o Atendimento 8: aquele que não faz o mínimo de esforço para elevar a angulação do nivel de satisfação do cliente, "afinal, devemos seguir o contrato" ainda que a rentabilidade da conta (ou até a própria conta) vá para o espaço.

Um, é escravo do cliente. Afinal, o cliente tem sempre razão.
O outro, é escravo do processo. Afinal o processo tem sempre razão.

E nem um dos dois aprendeu que de fato o SEGREDO da nossa função é GERENCIAR.

E gerenciar não é se escorar no cliente, nem no processo.
Não é obedecer cegamente as regras ou o cliente.
Gerenciar é pensar. Gerenciar é entender que o único que tem sempre razão é o bom senso!
E é a ele, e somente a ele que devemos sempre sevir.

O prazo é curto e o cliente quer isso o mais rápido possível.
Faço o que ele quer? Ou defendo o prazo estipulado em contrato?

DEPENDE.

O que é mais interessante para você e para conta?
O relacionamento com o cliente está bom?
Esse job é um job importante?
Tenho capacidade de entregar sem comprometer minha rentabilidade?
É politicamente interessante para a agência?
Esse trabalho poderá render outros projetos?

A decisão está nas nossas mãos.

As vezes pode ser 8...as vezes 80...
Não tem nada demais em se esforçar para atender uma urgência do cliente, se isso for interessante para você. Assim como não vejo problema algum em defender o processo, quando fugir dele irá prejudicar a conta. É uma simples questão de bom senso pautada, NÃO no cliente, NEM no processo, mas nas metas e estratégias que você traçou para a gestão desse cliente naquele ano.

E haja Marketing para o Mundo Digital!

E vamos às terminologias!

Recentemente, durante uma palestra, me perguntaram qual a diferença entre marketing digital e marketing on-line. Achei a pergunta meio óbvia e respondi sem entrar em muitos detalhes.

Mas depois, pensando melhor no assunto, percebi o quanto confusa é a terminologia do mundo digital para a maioria dos seres “mortais” que não vivem imersos nessas bandas pra lá de largas.

Aliás, o próprio meio publicitário tem usado, a torto e a direito, terminologias variadas quando deveriam estar buscando uma linguagem única e simples. (às vezes acho que tudo isso é para passar um certo ar de importância e complexidade para os clientes...... enfim, mas isso fica entre nós)

E vamos às terminologias!

Durante uma breve pesquisa constatei as 11 mais comuns:
- Web Marketing
- Marketing On-line
- E-Marketing
- Marketing Digital
- Email-marketing
- Search Marketing
- Mobile Marketing
- Internet Marketing
- Marketing Viral
- E-Commerce
- E- Business

E haja marketing para o MUNDO DIGITAL!
Se Philip Kotler estivesse morto, estaria se retorcendo em sua tumba. Mas como ele está vivo e ainda não se pronunciou, resolvi que eu mesma iria falar sobre o assunto. Afinal alguém precisa por ordem na casa.

Bem, tudo começa com o Marketing Digital.

O Marketing digital abriga todas as outras palavrinhas que estão aí em cima. Ele é o ponto de partida de tudo. Marketing Digital não é igual a Marketing On-line, ele é maior do que a internet, pois inclui todas as possibilidades de se fazer marketing através de meios digitais (telefones, painéis eletrônicos, redes de bluetooth, vídeo-conferências e qualquer outra plataforma digital não mencionada ou que venha a surgir)

A questão é que como a internet é a grande estrela do momento ela acabou roubando a cena (e muitas vezes até o nome) das ações digitais. Por sinal Web Marketing, Marketing On-line, E-Marketing, e Internet Marketing, querem dizer EXATAMENTE a mesma coisa: usar a internet como ferramenta do Marketing Digital.

Ao usar a internet como uma ferramenta do seu planejamento digital, você pode optar por usar estratégias de Email-marketing, Search Marketing e Marketing Viral. Que seria respectivamente: usar emails, divulgação através de mecanismos de busca, e estratégias de viralização para potencializar a Internet (ou seja, não ficar no “basicão” das campanhas on-line – e cair com tudo em listas de email, youtube, orkut, google, yahoo..etc)

O Mobile Marketing é outra ferramenta do Marketing DigitalE pra finalizar aparece o E-commerce ou E-business – que é a utilização da internet como canal de vendas e geração de negócios.

Deu pra entender?

Bem vou fazer um resumo:
Marketing digital (é marketing!) – o resto que usa a terminologia de marketing é balela.
Assim como no modelo de marketing tradicional, o marketing digital não consegue fugir dos famosos 4 Ps:

Produto/ Serviço
É o que não falta! Redes wireless, ferramentas de busca, sites com informações fechadas e abertas, placas de wap, comercialização de espaços, provedores, adservers, músicas em mp3, e-books, agências on-line de relacionamento. (Todos se enquadram na categoria de produto ou serviço digital)

Preço
No mundo digital o preço acaba sendo mais relativo do que no mundo real. A maioria dos serviços acaba “saindo de graça” para o usuário que o consome...e quando o serviço não é cobrado em dinheiro, outras moedas de troca são aceitas como dados pessoais, informações, consumo obrigatório de mídia...etc)

Praça/ Canal
Aqui entra o E-business ou E-commerce. Que é usar a internet como canal para vendas. Mas não é só a internet que entra no ramo. O celular é a futura grande estrela e o provável meio da inclusão digital das massas no futuro próximo. Podemos usar o celular para comprar produtos e serviços como ringtones, vídeos, músicas (filmes!) créditos de celular, acesso a sites de relacionamento, serviços de informação sobre notícias, tempos, produtos via internet...etc. Com a tecnologia 3G que a Claro trará ainda esse ano, isso o celular ganhará uma força ainda maior como canal digital.

Promoção

Bem e é aqui que entram as ferramentas mencionadas:
- On-line (search, email, campanhas on-line)
- Móbile (sms, campanhas…)
- Painel eletrônico
- ATMs,
- Redes Bluetooth
(e o que mais for inventado)
Não concordo com o uso da palavra Marketing para qualquer terminologia.

No caso de Search Marketing, por exemplo, a palavra marketing está substituindo o significado “propaganda”, “comunicação” – um erro clássico de quem acha que marketing é igual a propaganda. Os outros podem até misturar, mas nós que somos do meio, precisamos defender uma terminologia correta. Se não vira tudo uma festa. E de "oba oba" nós gostamos, mas não quando se trata do nosso business.

Relações Publicitárias Insustentáveis

Relações Insustentáveis de Trabalho

Desgastes, rixas, rótulos…seria cômico se não fosse trágico.
Bem-vindo ao mundo publicitário das relações insustentáveis de trabalho. Ou deveria dizer insuportáveis?

A grande verdade é que as relações de trabalho na maioria das agências de publicidade são tão caricatas que beiram ao ridículo. A produção detesta a criação que detesta o atendimento, que não detesta ninguém, mas que é detestado por todos. É bem assim. E não adianta fingir que não é...

E nessa fogueira de vaidades, ficamos na maior parte do tempo como equilibristas de egos, ao invés de nos concentramos no que realmente importa: nosso trabalho.

Como comunicólogos, não sabemos nos comunicar.

Como especialistas nas ciências humanas, não sabemos trabalhar em equipe.

Vendemos a capacidade de penetrar na alma e nos anseios do consumidor. Mas somos incapazes de enxergar o que se passa dentro da cabeça de quem convive ao nosso lado.


A latere,
Basium Amicus.

E como a volatilidade na nossa área é grande, nos apoiamos nisso, para sustentar relações insustentáveis de trabalho. Afinal, daqui a um ano e meio, a maior parte dos nossos colegas, ou de nós, já estará pousando em uma nova colméia.

De um modo geral,

O atendimento é um boy de luxo;

A criação é arrogante e relapsa;

O planejamento nunca é prático;

A mídia nunca é clara;

O tráfego é mau-humorado e indisposto;

A produção é a personificação do "não";

...e os rótulos não param.

Se você está entrando na área agora... prepare-se para vestir a carapuça da profissão que escolheu. Porque independente da sua postura, é assim que você será visto e, portanto, tratado. E talvez um dia, cansado de lutar contra o título que te colocaram, enfim você irá ceder... E se tornará exatamente aquilo que todos já sabiam que você era: um clichê.

Eu, como atendimento, formada com honra ao mérito em publicidade, pós-graduada em marketing, com MBA em economia de empresas pela USP, já tive que agüentar as situações mais absurdas dentro do ambiente de trabalho.

Nunca vou esquecer do comentário de um criativo, que em meio a uma conversa sobre processos, soltou a pérola: "Para impedir o atendimento de vir aqui, é só colocar um mata-burro na entrada". O comentário foi dado por um menino que só fez uma faculdade na vida e nada mais, nunca mexeu numa planilha de Excel, é incapaz de operar uma HP, ou de fazer uma análise de rentabilidade de conta. Nem imagina os cálculos por trás da precificação de um trabalho, como funciona o mapeamento de processos ou implementação dos diferentes modelos de gestão e operações internas. Jamais teve que responder ou traças metas e nunca teve o peso de demitir alguém nas suas mãos. Resumindo: não tem a menor idéia do que um atendimento faz.

Não culpo ele.
Porque sei que todo pré-conceito é fruto da ignorância.

Não existe relação de trabalho que funcione sem respeito. Mas para haver respeito é fundamental antes que haja compreensão, entendimento.

Temos alimentado uma classe de trabalhadores que não entende o todo. Somos tão especialistas no que fazemos que não conseguimos enxergar um palmo além do nosso próprio nariz. E o pior, nem temos o interesse em conseguir.

Cada um, fechado em seu mundinho, entende apenas sobre o que faz.

O julgamento mais fácil é aquele que fazemos sobre o que não sabemos.

Se você discorda, faça um teste.
Aplique um questionário na sua agência com a seguinte pergunta: "O que o atendimento faz". Tirando as piadinhas que irão surgir, aposto com você, que mais de 90% dos entrevistados será capaz apenas de dizer: briefing, atender ao cliente e apresentar peças.

Como eu sei disso? Simples...essa é a única parte visível do nosso trabalho que chega até os outros. Mas nem de longe, é a mais importante.

Atendimento não, Gerente de Marketing!

Um novo olhar sobre profissão...

Há algum tempo atrás, quando fazia a minha pós-graduação na ESPM, fiquei muito chocada com a colocação de um professor inteligentíssimo – pelo qual tenho grande apresso. Segundo ele, as agências de publicidade eram o único tipo de empresa que dava-se ao luxo absurdo de não ter uma área de marketing.

Isso causou um tremendo impacto em mim na época... Pensei até em desenvolver uma tese sobre o assunto. Afinal, fazia perfeito sentido: “Como uma empresa que trabalha com marketing, não possui um departamento de marketing”?

Ainda bem que não fiz. Pois a teoria estava errada.As agências possuem, sim, áreas de marketing! Elas apenas não sabem disso...Essas áreas são inclusive divididas por uma das conceituações mais clássicas do marketing: a gerência de marketing divida por unidade de negócio. O Marketing da agência sou eu. Somos nós. Seres mais conhecidos como atendimento.

E porque me considero uma gerente de marketing?

Vamos à comprovação:

E a comprovação é simples assim: na agência é o Atendimento que é responsável pelo desenvolvimento do composto de marketing – os famosos 4 Ps.

Preço.
Quem define e fecha o contrato com os clientes? Quem analisa e desenvolve a proposta e formas de pagamento? (O pagamento pode ser em fee, extra-fee, sucess-fee, hora-homem...etc). E a negociação de valores, escopo e equipe? Quem cuida da rentabilidade da conta?

Somos nós!

Nós definimos o preço do serviço que vendemos a cada cliente e somos responsáveis pela performance financeira desse cliente dentro da agência. As vezes fazemos pacotes, promoções e até mesmo financiamentos...

Praça/ Distribuição
Como é feita a distribuição dos nosso serviço? Em quanto tempo e como entregamos os nossos projetos para nossos clientes? Quem define o prazo e forma de apresentação? Não somos nós?Sim, sim! Somos nós! Nós definimos como e quando entregaremos cada um de nossos serviços. Nós fechamos os prazos e negociamos os cronogramas de entrega.

Produto
Quem analisa a qualidade do produto entregue? E muitas vezes barra, por não atender as necessidades do cliente....Além disso, sempre estamos prospectando dentro do cliente (Share of client) novos serviços que podem ser vendidos (projetos diferenciados, maketing digital, ações de Guerrilha, eventos).Também somos responsáveis por buscar novos nichos e segmentos de atuação. É o atendimento que traz novos clientes para a agência.

Promoção
Sim, essa função também é nossa!
Quando o assunto é Relações públicas: Fazemos interface com jornalistas e RPs para divulgar os serviços que prestamos e as campanhas que desenvolvemos. Somos também a força de vendas da agência. E os grandes responsáveis por atender as necessidades do cliente, além de constantemente avaliar o índice de satisfação deles e buscar novos métodos para atender todos os seus desejos de maneira lucrativa para agência.

Enfim,
Não somos Atendimento: somos Gerentes de Marketing!
E apesar de tudo o que fazemos, e por tudo que somos responsáveis, ainda tem agências que acham o Atendimento é desnecessário... E nesse ponto, tenho que concordar com o meu professor, essas sim são empresas que caem no absurdo de achar que podem sobreviver sem um departamento de marketing...

Atendimento 2.0.

O Atendimento como Gerenciador de Projetos.

Sempre me incomodou o fato da minha função (tão adorada função) ser denomidada de atendimento. Atendimento confunde-se facilmente com atendente (de call-centers) e passa um preconceiro que sempre existiu no meio publicitário: o de que somos uma mera interface agência-cliente. Ou pior, boys de luxo.

Não pensamos. Repassamos.

A verdade é que por traz de todo o preconceito, sempre existem exceções que o transformaram em moda. E no começo de toda lenda urbana, sempre há uma chama de verdade, ainda que distorcida.

Nessa nossa lenda urbana publicitária, a distorção surge justamente de um escopo mal elaborado na nossa função. NÃO SOMOS ATENDENTES, nem ao menos somos atendimento - somos homens e mulheres de negócio.

Quando estava na faculdade aprendi que a função do atendimento era representar a agência no cliente, e o cliente na agência. Ao longo da minha profissão vi que nada disso era verdade.Somos Gerentes de Conta. Somos gestores. Somos seres pensantes e estrategistas (ainda que a criação relute em aceitar).

Felizmente o fenômeno da internet tem acelerado esse nosso processo de distinção. A internet veio para chacoalhar com o mundo dos negócios, e com isso tem separado "o joio do trigo". Com a web tudo mudou. O cliente perdeu-se no meio da tecnologia, e no mundo "on-demand" os papéis inverteram-se e o atendimento passou a demandar.

Os que já eram bons e rápidos finalmente tiverem a chance de destacar-se.

A Era digital forma agora um novo profissional. Bem vindos ao Atendimento 2.0.

Uma espécie rara, que entende de tecnologia, que gera negócios, que mensura, analisa, cria os próprios briefings (e pede ao cliente o de-briefing), define a verba com base no break even point - e depois ensina e covence ao cliente o que ele deve fazer e porque.

Essa nova espécie, totalmente voltada para negócios, metas agressivas e rentabilidade da conta, está crescendo em número e qualidade. Fiquem atentos, pois a partir de agora muita coisa vai mudar. Criativos, produtores, mídias e clientes: atenção! Esqueçam briefing, esqueçam fee, esqueçam budget...e lembrem-se do que digo: tudo vai virar on-demand
...e em pouquíssimo tempo.